«senario do rio Cávado, com a ponte de Fão em fundo»Ponte, um elo de ligação,
entre dois caminhos,
uma travessia da emoção,
uma passagem de carinhos.
Ponte, apenas uma recordação,
ligando o hoje ao outrora,
uma saudade teimosa, uma vibração,
que apesar e envelhecida, está no agora.
Ponte, não apenas uma passagem,
um vínculo que ainda hoje perdura,
uma brisa que trazia a aragem,
num sopro de pura ternura.
Ponte, um espaço de ansiedade,
uma vereda, um atalho,um trecho,
que nos conduz ao amor de verdade,
um elo entre o preparo e o desfecho.
Ponte, uma ligação, que viabiliza,
encontro de tristezas, de alegrias,
de afectos, que tanto sensibiliza,
esperas. desencontros e fantasias.
Ponte, um caminho ditoso,
onde a esperança se instala,
um espaço maravilhoso,
onde o amor perde a fala.
Ponte, uma ligação entre o presente,
e o eterno, que une o agora,
ao amanhã e certamente,
nos faz lembrar do outrora.
«Bernardino Matos
Fortaleza, 31/12/06»
