quinta-feira, 31 de julho de 2008

La Isla Bonita Madonna feat. Gogol Bordello LIVE EARTH EXCLU




Filmado no: 20 Agosto 2007nos Estados Unidos

LA ISLA BONITA , UM HIT DE 1984 DE UMA DAS MELHORES VOZES DA POP DA ACTUALIDADE '' MADONA'' AQUI NUMA VERSÃO MAIS CALIENTE COM UMA NOVA ROUPAGEM CANTADO OU VIVO COM A COLABORAÇÃO DE GOGOL BORDELLO .
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quarta-feira, 30 de julho de 2008

RETRATOS .

Retratos do passado no museu rural de Ponte de Lima .
Referencias de um passado não muito distante .
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'''O vizinho e o gato ''


Pena efectiva de 5,5 anos Homem condenado por balear vizinhos acreditando que lhe sodomizaram o gato indivíduo que baleou os vizinhos por acreditar que um deles, pelo facto de ser homossexual, estaria a sodomizar o seu gato foi hoje condenado, no Tribunal São João Novo, Porto, a cinco anos e seis meses de prisão efectiva .Provou-se ainda que José Correia acreditava que o vizinho «era homossexual e que pudesse ter havido contactos de natureza sexual entre o vizinho e o gato».
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''OS NUMEROS DOS NUMEROS''


A prova de que cada vez mais a riqueza se encontra mal distribuída entre as pessoas deste pais.
Portugueses que vivem abaixo do limiar da pobreza: cerca de 2.000.000.
Beneficiários do Rendimento Social de Inserção: 311 mil (quase 40% são menores)
Despesas anuais com o Rendimento Social de Inserção: 371 milhões de euros.
O valor médio da prestação de RSI por beneficiário:83 euros.
Lucro dos cinco maiores bancos portugueses em 2007: 8,7 milhões de euros por dia.
Perda anual de receita fiscal devido aos benefícios fiscais à banca: cerca de 700 milhões euros.
Poder de compra dos portugueses caiu, com o país a afastar-se da média europeia.
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''QUANDO UM GAJO TEM MUITA SORTE .''

Where the Hell is Matt?



ESTE VÍDEO QUE PASSOU NO ''EIXO DO MAL'' FAZ MUITAS PESSOAS ROEREM-SE DE ´´INVEJA'' , PRINCIPALMENTE QUEM POR ESTES DIAS PARTE PARA AS MERECIDAS FERIAS.
BOM MAS PODE SER QUE DA PRÓXIMA VISITE ESTES LUGARES DE UMA SÓ VEZ .

terça-feira, 29 de julho de 2008

QUASE PERFEITO ( 1 )




A-ha - Take On Me
MAIS UMA DAS GRANDES MUSICAS DOS ANOS 80 CONCRETAMENTE DE 1984 .

segunda-feira, 28 de julho de 2008

As surpresas da natureza .


Christian The Lion - A Pet's Love Is Forever!
UMA PROVA DE QUE A VERDADEIRA AMIZADE NUNCA SE ESQUECE ,INDIFERENTEMENTE DO TEMPO EM QUE ESTEJAMOS SEPARADOS FISICAMENTE.
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Provérbio Árabe .

Diz uma linda lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e em um determinado ponto da viagem discutiram.O outro, ofendido, sem nada à dizer, escreveu na areia:HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME BATEU NO ROSTO.Seguiram e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se.O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se sendo salvo pelo amigo.Ao recuperar-se pegou um estilete e escreveu numa pedra:HOJE, MEU MELHOR AMIGO SALVOU-ME A VIDA.Intrigado, o amigo perguntou: Por que depois que te bati, você escreveu na areia e agora escreveu na pedra?Sorrindo, o outro amigo respondeu:Quando um grande amigo nos ofende, deveremos escrever na areia onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar;porém quando nos faz algo grandioso, deveremos gravar na pedra da memória do coração,onde vento nenhum do mundo poderá apagar !!!!

AMARRADOS À MARGEM .

Barcos amarrados na margem do rio Lima ,envolvidos com a beleza da natureza e refrescados pelas límpidas e serenas águas que correm calmamente deixando a sua brisa de frescura dispersa pela beleza das suas margens , refrescando todos quantos por elas passeiam .
- ''Vila de Ponte de Lima''

sábado, 26 de julho de 2008

PREMIO CAMÕES 2008 .

Prémio Camões 2008 voa para o Brasil para João Ubaldo Ribeiro . A 20.ª edição do Prémio Camões, o mais importante dos que distinguem autores de língua po rtuguesa com um(valor: cem mil euros).







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.LUXÚRIA. JOAO UBALDO RIBEIRO

..........Trecho do livro........
Essa noite eu tive um sonho. Grande bobagem, nada disso. Não era assim que eu queria começar, não é assim. Essa noite eu tive um sonho — parece diário de colégio de freiras, não é nada disso. Mas, de fato, eu tive um sonho. Um sonho inesperado, com aqueles dois budazinhos ali. Antigamente eu sonhava muito com eles, mas parei faz décadas, tudo faz décadas. São muito pequenininhos, os detalhes se perdem, comprei num camelô de Banguecoque, é um objeto sentimental. Não lembro onde li a respeito de dois Budinhas, um macho e uma fêmea fazendo sexo, essas coisas milenares de chinês, nunca entendo direito, misturo as datas, apronto a maior confusão. Havia uma espécie de templo, a Casa dos Budas Ditosos — não é bonitinho, a casa dos Budas ditosos? eu acho —, com imagens iguais a essas, só que enormes. Os noivos, antes do casamento, iam lá para venerar as estátuas e passar as mãos nos órgãos genitais delas. Era uma espécie de aprendizado ou familiarização, uma introdução a um casamento bom na cama. Eu acho de um bom gosto delicadíssimo. Em Roma antiga, houve um tempo em que as noivas acariciavam a glande de Príapo, ou se sentavam nela. Pelo que eu li, a glande mais usada, a glande pública, por assim dizer, devia ser uma verdadeira poltrona. Príapo foi substituído por São Gonçalo, no nosso politeísmo católico. Os católicos são politeístas. Desculpe, se você é católico. Aliás, naturalmente que eu também fui criada como católica, tinha aulas de catecismo, fiz primeira comunhão vestida de organdi branco, só falava o estritamente necessário na sexta-feira santa, só comíamos peixe toda quinta-feira e assim por diante. Mais ainda, fui criada para considerar os protestantes gentinha e ficava com raiva de Lutero, que me parecia a feição do demônio, nos livros de História Geral. Levei um certo tempo para me livrar dessa estupidez, veja você; hoje, tenho até bastante afinidade com os protestantes, exceto os calvinistas e, óbvio, esse pentecostalismo histérico e de baixa extração, que ora nos assola. O magistério da Igreja me enerva. Prefiro eu mesma ler a Bíblia e pensar do que leio o que me parece certo pensar, quero eu mesma me inteirar das boas novas, sem nenhum padre de voz de tenorino gripado me ensinando incoerências, subestimando minha inteligência e repetindo baboseiras inventadas, semelhantes à desfaçatez de afirmar que no Pentateuco há mandamentos como guardar castidade, que os homens santos não batizados foram para um tal de limbo e tantas outras criações conciliares, já li a Bíblia de cabo a rabo e nunca vi nada disso nela. E por que também não observam o que também está lá, no Levítico? Fingem que não está. E o Papa é vigário de Cristo? Certos papas, todo mundo sabe o que foram certos papas, todos infalíveis e tantos safados. Enfim. Não vou falar mais nisso, perda de tempo.
Além de tudo, não há nada de mais em ser politeísta, de certa forma é muito melhor do que ficar acreditando somente num Deus impossível de compreender. E, ainda além de tudo, já estou cansada de não dizer o que me vem à cabeça e olhe que nunca fui muito de agir assim, mas o pequeno grau em que fui já é demais para mim. Ainda me restam alguns penduricalhos desse legado imbecilóide, de que tenho de me livrar antes de morrer. A doença, esta doença que vai me matar, também contribui para meu atual estado de espírito. Não sei quem foi que disse que a perspectiva de ser enforcado amanhã de manhã opera maravilhas para a concentração. Excelente constatação. Nada de pessoal com ninguém, não falo para ofender ninguém em particular, é como se fosse uma atitude filosófica genérica. Meu avô materno era aristocrata, elegantíssimo, falava francês e alemão fluentemente, esteve várias vezes na Europa, era cultíssimo, mas, depois que passou de uma certa idade, peidava em público. Assisti a ele peidar na frente do interventor, na época do Estado Novo. O interventor tinha ido almoçar com ele e, depois do almoço, ficaram conversando na sala de estar, com meu avô volta e meia levantando os quartos e soltando vento aos trovões. Quando minha avó reclamava, ele dizia que o que está preso quer ser solto e todo mundo peidava, inclusive o interventor, então não era ele que, àquela altura da vida, ia arrolhar um peido. Quem quisesse que arrolhasse, mas ele não.
Mas, sim, mas então eu estava dizendo que os católicos são politeístas, botaram os santos no lugar dos deuses especializados. Os gregos e os romanos tinham um deus menor para cada coisa, regras atrasadas, artistas falidos, transações impossíveis, dívidas falimentares, casamentos, músicos bêbedos, agricultores, criadores de cabra, tudo, tudo, tudo. Os católicos substituíram os deuses pelos santos. Os músicos? Santa Cecília. Os ruins da vista? Santa Luzia. As solteironas? Santo Antônio. E por aí vai, como você sabe. Até lugares. São José de Não Sei Onde? Diana de Éfeso, a mesmíssima coisa. Os deuses não foram derrotados ou eliminados, continuam imortais como sempre foram e somente mudaram de nome, se adaptaram às mudanças. Eu pronuncio verdadeiras conferências sobre isso, sou a rainha da conferência, às vezes devo ficar chatíssima. Mas pode permanecer tranqüilo, que eu não vou fazer conferência para você, afinal você está sendo pago, temos que trabalhar, vamos trabalhar. Somente uma última referenciazinha a São Gonçalo, porque agora já comecei e sou compulsiva; comecei, tem que acabar. São Gonçalo não existe. Ou melhor, existe, mas nunca existiu. Para a Igreja, não há nenhum São Gonçalo, nunca houve. Mas se declarou, na minha opinião por falta de Príapo, uma grande lacuna, que clamava por ser preenchida. Não existe São Gonçalo, mas já vi procissão dele com padre e tudo, e as mulheres cantando obscenidades baixinho, é um santo deflorador e consolador para as solitárias. No arraial junto à fazenda da ilha, segundo até meu avô contava, havia uma imagem de São Gonçalo com um falo de madeira descomunal, maior que o próprio corpo dele. O corpo era de barro, mas o falo era de madeira de lei e fixado pela base num eixo, de maneira que, quando se puxava uma cordinha por trás, ele subia e ficava ali em riste. Eu nunca vi, mas as negras velhas da fazenda garantiam que antigamente, todo ano, faziam uma procissão com essa imagem de São Gonçalo e as mulheres disputavam quem ia repintar o falo, era sucesso garantido no mundo das artes, para não falar que a felizarda ficaria muito bem assistida nos seguintes 364 dias.
Claro! É simples, é porque eu queria botar um título, mas é claro! Eu sou como dizem que Buñuel era: meu método de exposição é a digressão. Eu sei que estou muito longe de estar senil. Evidente que eu delirei um pouco, mas eu sempre delirei, e São Gonçalo me fascina, eu tinha razão em lembrar o sonho. Claro, é por causa do título. Tire isso da gravação. Aliás, não, depois você tira tudo da gravação, a gravação inicial só começa quando eu disser. Não tire nada agora. Deixa que eu tiro, quando você passar tudo para o papel. É melhor, vamos deixar fluir, depois eu faço a triagem, boto ordem etc. Calma, calma. Não sei nem por que este... Como é o nome disto, disto que nós estamos produzindo? Vamos dizer, um depoimento socio-histórico-lítero-pornô, ha-ha. Ou sociohistoricoliteropornô, tudo grudado, deve ficar lindo em alemão. Sim, não. Sim, não sei nem por que este depoimento tem que ter título, mas por que não? Esses dois Budas... Depois eu falo sobre esses dois Budas, agora não é o caso. Me lembre, é uma história muito interessante. Mas no momento eles me interessam por causa do título. Eu acho bonitinho, com um som meio aliterante — a ca-sa-dos-Budas-ditosos —, acho simpático. Este depoimento hereby se chama "A casa dos Budas ditosos". É bom, até porque não quer dizer nada, como todo bom título de qualidade literária. O sujeito vai ler e pergunta por que esses Budas, é capaz das explicações mais desvairadas. Quanta gente vai ler este depoimento, como será que ele vai ficar, será que alguém vai ler? Vai, sim, armei um esquema mais sofisticado do que os dos filmes de espionagem. Você faz parte, mas não vou lhe contar como, não tem importância. Você transcreve as fitas aqui, deixa as fitas aqui, tudo o que vai restar é a sua palavra. Que pode vir a ser útil, nunca se sabe. Conte a história, minta bastante se quiser, diga que é tudo verdade, e é mesmo. No começo, achei que ia escrever só para mim e deixar para algum morador de Fulânia, Sicrânia ou Beltrânia, com grande escândalo e engasgos pudicos, tentar explicar tudo de acordo com seus padrões empedrados — ô espécie esculhambada que nós somos, que tempo nós perdemos, quando há tanta coisa a descobrir! Fulânia, Beltrânia e Sicrânia eram os países fundados por uma grande amiga minha, Norma Lúcia — depois vou falar mais nela, é imprescindível —, todos habitados por velhacos como o velho Pedrão, professor de Direito Romano, depois eu falo nele, que moravam em outros países, moravam em outros mundos. Fulânia, Beltrânia e Sicrânia, bons patifes, eles moram lá e eu cá. Mas não vou deixar isso a cargo deles, não confio na posteridade. O título que eu ia botar era "Memórias de uma libertina", mas não vou mais botar, é bom gosto demais para esse povo que nunca leu Choderlos de Laclos, não vou desperdiçar, jogar pérolas aos porcos. Em Fulânia, Sicrânia e Beltrânia, não se pode ser realmente fino, com um título fino desses; tem que ser pseudofino como eles, pronto, a casa dos Budas ditosos satisfaz, satisfaz, é mais tranqüilo, me garante contra irritações geradas pela burrice e pela ignorância. Claro que no fundo odeio esse título de bom gosto ao qual acabo de ceder, mas cedo, de resto vão todos pastar, em verdade vos digo. Não cheguei ao ponto ótimo como meu avô, não tenho coragem de fazer o que ele fazia em público, ainda estou amarrada a uma porção de penduricalhos absurdos. É uma pena, porque memórias de uma libertina seria tão melhor do que essa bichice dos Budas ditosos, mas não se pode ter tudo neste mundo, tome-lhe Budas misteriosos. Quem é burro pede a Deus que o mate e ao diabo que o carregue. No começo, achei que ia deixar estas delusões — como dizia meu professor de Medicina Legal — para serem publicadas depois de minha morte. Mas num instante vi que era burrice, nada vale a pena depois da morte, eu quero é passar na rua e ver as caras das pessoas que leram, todo mundo fingindo que não é nada com eles. Nada desse negócio pequeno-burguês de depois da morte. Antes da morte, tudo antes da morte, é ou não é? E, por outro lado, me arriscaria a eles darem um jeito de destruir os originais, não me pergunte como, eles são diabólicos.
A casa dos Budas ditosos. One, two, three, tudo bem? A casa dos Budas ditosos. Prefácio, introdução, nota preliminar, qualquer coisa assim. Decidi dar este depoimento oralmente, em lugar de escrevê-lo, por várias razões, a principal das quais é artrite. Cortar isso, gracinha boba, eu não tenho artrite, nem faço planos de ter. Muito bem, prefácio. Decidi fazer este depoimento inicialmente de forma oral, em vez de escrita, pela razão principal de que é impossível escrever sobre sexo, pelo menos em português, sem parecer recém-saído de uma sinuca no baixo meretrício ou então escrever "vulva", "vagina", "gruta do prazer", "sexo túmido" e "penetrou-a bruscamente". Falando, fica mais natural, não sei bem por quê. Que mais? Gostaria de ter jeito para falar inanidades labirínticas como certos psicanalistas ou sociólogos, ou um desses pensadores franceses, desses que costumam aparecer nos cadernos de cultura dos jornais, para, na maior parte dos casos, sumir imediatamente após, e que não dizem nada, mas intimidam as pessoas com seus relambórios. Mas não sei fazer isso, é uma das minhas deficiências. Esquecer.
Sim, mas que mais? Sempre achei chique — deve ser subproduto de algum trauma de infância — botar no frontispício "qualquer semelhança etc. etc.", mas, no caso, o contrário. Atenção. Qualquer semelhança estará bem inferida. Não, não, muito pernóstico, qualquer semelhança não é coincidência, nenhuma semelhança é coincidência. Nomes trocados para proteger culpados. Quem puser a carapuça pode ter certeza de que está bem posta. Não, não, estou achando isto um pouco metido a engraçado. Vou reditar tudo, quero um prefácio decente. Vamos anotar uns tópicos, depois eu desenvolvo. Um, tópico um. Ser mulher, ser coroa? Não. Não, não, não! Depois eu arremato este prefácio, ou não faço prefácio. Meu avô — o outro avô, o alemão, um prussiano insuportável, nazista de nascença como todo alemão, embora tenha morrido se proclamando antinazista, como também todo alemão — dizia que tudo o que precisava de prefácio, inclusive emprego e mulher, nesta ordem de precedência, não valia nada. Principalmente mulher, acho eu, porque a livro ele não dava muita importância, a não ser para esculhambar e querer queimar todos. Ele só não gostava de Hitler porque Hitler era bávaro e malnascido, não por causa do nazismo. Dava churrascos, ficava bêbedo e queimava livros. Comprava muito, para depois queimá-lo nos braseiros do churrasco, um livro de Eduardo Prado, muito famoso na época. E fazia discursos, afirmando que os brasileiros eram estúpidos, os únicos inteligentes eram os antropófagos, não sei bem o que ele queria dizer com isso. Minha mãe contava que Eduardo Prado era lindíssimo, de cabelos revoltos e farfalhantes, ao vento do viaduto do Chá. Uma senhora o viu uma vez, contava minha mãe, não se conteve e exclamou: "Mas que homem bonito!". E ele respondeu: "É do ar do prado, minha senhora." Ha-ha. Meu pai tinha um terror patológico de ser corno, e minha mãe sabia disso e então, muito sacanamente, genialmente sacanamente, minha mãe era uma enciclopédia do sacanismo, fazia ares sutilmente ambíguos e então falava em Eduardo Prado, falava em Douglas Fairbanks, Rodolfo Valentino, Ramón Navarro, imitava Mae West, recitava Byron e Castro Alves com caras e vozes de orgasmo, chamava Castro Alves de Cecéu como se houvesse ido para a cama com ele no dia anterior, era um martírio a que o velho tinha de se submeter calado, por uma questão de coerência entre o que professava e o que realmente sentia, ele era muito liberal de boca, coitado de meu velho, morreu moço, mais moço do que eu hoje, 66 anos. Pronto, não faço prefácio. Depois eu vejo, decisions, decisions. De qualquer maneira, fica aí o registro. Depoimento oral, tatatá, tatatá, já falei isso, porque é mais fácil dizer palavrão do que escrever palavrão, há exigência de passaporte para as palavras passarem do falado ao escrito, algumas não conseguem nunca, a humanidade é muito estranha. Que mais? Explicar que sou um grande homem e não digo que sou uma grande mulher pela mesma razão por que não existe onço, só onça, nem foco, só foca, tudo isso é um bobajol de quem não tem o que fazer ou fica preso a idiossincrasias da língua, como aquelas cretinas feministas americanas que queriam mudarhistory para herstory, como se o his do começo da palavra fosse a mesma coisa que um pronome possessivo do gênero masculino, a imbecilidade humana não tem limites. Sou um grande homem fêmea, da mesma forma que os grandes homens machos são grandes homens machos, fica-se catando picuinha porque o nome da espécie é por acaso masculino e não neutro, como é possível que seja em alguma outra língua, como se a gramática resolvesse alguma coisa nesse caso. Explicar isso, não existem grandes homens e grandes mulheres, existem grandes homens machos e grandes homens fêmeas. Não há nada mais ridículo do que galeria de grandes mulheres isso e aquilo, fico morta de vergonha. A espécie é humana, como Panthera uncius, Panthera leo, um onça, no feminino por acaso, outro leão, no masculino por acaso, questão de língua, exclusivamente. Explicar isso como quem explica a um marciano. A um terráqueo. Escuta aqui, terráqueo, deixa de ser débil mental. Bem, ambições inúteis, vamos ao trabalho. Que mais? Nada, estou em grande dúvida quanto a este prefácio. Rever necessidade de prefácio.
Odeio dizer isto, mas a verdade é que estou um pouco nervosa. Minha família sempre desprezou qualquer forma de frescura, fui criada assim. Minha família não vale nada, mas é ótima, principalmente os mais antigos. Temos ancestrais fantásticos. Tudo bandido, e eles se escondem por trás daquelas baixelas e daqueles pratos de antes da Primeira Guerra e daquelas maneiras de lordes das Índias Ocidentais. Meu avô era, como eu já disse, era prussiano, prussiano de Brandemburgo, abominava todo mundo, com exceção de Frederico II. A idéia dele de um grande programa na Europa era passar quatro dias em Potsdam, babando dentro da Orangerie e sonhando em empalar poloneses. Grande família. A mulher dele era católica da Vestfália, só tomava banho sábado e nunca ria, a não ser gargalhadas histéricas que duravam horas, geralmente aos domingos, depois da missa e antes dos repolhos hediondos. Tremenda família. Só conheço meus bisas pelos retratos ovais, espalhados por aí. Os dos museuzinhos, não levo em conta, só lembro que meu bisa João me assombrava com uns olhos horripilantemente biliosos, num retrato cercado de louros, na sala grande da casa da fazenda de Lençóis. João teve imensos escravos, e um antigo jornalista baiano, desses que a gente finge que lembra e é nome de rua em Brotas, publicou seis números da destemida gazeta independente e republicana "14 de agosto", esse jornalista, como é mesmo o nome dele, escreveu — hoje ninguém acredita, a humanidade é burríssima mesmo — que meu bisa tinha descoberto a cura da gagueira. O canalha falsificou documentos e a própria alma — você acredita que o pulha era mulato? pardo, como se dizia mais nessa época — e inventou uma porção de coisas sobre não sei quantos escravos, pelo menos duas dúzias, em cujas bocas meu bisa mandou enfiar ovos quentes, ele adorava enfiar um ovo quente na boca de alguém sob qualquer pretexto, ou mesmo sem pretexto, dizem até que meteu um na boca de minha bisa Sinhazinha, mulher dele. Os ovos realmente ele mandava enfiar, mas evidente que seu efeito foi inventado pelo jornalista. Seis desses escravos, disse aquele crápula, eram gagos e ficaram bons da gagueira, depois dos ovos quentes. Claro, ele não defendia que se pusessem ovos quentes na boca de ninguém, mas que se aproveitasse a lição, a ciência médica podia encontrar um meio para curar esse aflitivo mal da fala através de uma terapia inspirada nisso, imagino que talvez um ovo não muito quente, em várias aplicações. O homem é muito ingrato para com seus benfeitores, como dizia minha tia-avó Inês, que tinha horror de preto e chamava de cu-de-luto qualquer branca que dormisse com negro ou raceado.
Vejo tudo como se fosse hoje. A velha casa-grande do Outeirão, que já peguei com as paredes cobertas de limo de verde a retinto, insetos por tudo quanto era canto, jias que no inverno miavam como gatos, plantas estalando, as telhas se entrelaçando com cipós e uma ou outra cobra cor de esmeralda, o resto da chuva ainda pingando das árvores nas plantas de folhas grandes embaixo, uns fedores e cheiros mornos saindo das rachas nos pisos de lajota, passarinhos cantando e piando, uns azulejos desmaiados nas paredes do varandão, umas quatro galinhas brabas ciscando debaixo das touças de bananeira, pedras soterradas pela lama, calangos trepando pelos troncos das mangueiras, duas ou três mutucas zumbindo e, apesar de tudo, um silêncio que chegava a doer. Isso. Foi nesse dia, nessa grande casa velha embolorada, que tinha uma estante de sucupira crua que as goteiras haviam empenado nas juntas. Já conhecia muito aquela estante, mas, mesmo assim, ou talvez por causa disso mesmo, fui mexer nos livros enrugados pela umidade, com as páginas tresandando inesquecivelmente e, a cada uma que eu folheava, essa exalação me trazia um arrepio no meio das costas e me deixava enlouquecida. Havia todos os tipos de livro. Lembro bem do O Guarany, com ípsilon, ilustrado pela figura de Pery, também com ípsilon, que eu achava que mostrava um volume fascinante do lado esquerdo da tanga de espanador, de Salambô, estampando uma mulata quase nua na capa, D. Quixote de ceroulas em meio a alucinações, uma coleção encadernada de Anatole France se desmanchando, tudo, tudo. Como seria a voz de meu bisa João Ferdinando Bibiano Rafael, mandando enfiar ovos quentes na boca dos outros? Como seria?
Sou fixada na fase oral, fase oral canibalista certamente, adoro qualquer forma de ingestão. Nessa época, eu já estava bem fixadinha, hoje isso é perfeitamente claro. Não sou chegada à psicanálise. Lá em casa, desde muito antes de Freud, com certeza, sempre se achou obsceno ficar contando intimidades e fraquezas a um estranho, mas de vez em quando uso uma frase que aproveita o jargão dos psicanalistas, acho que é meio inevitável na minha geração, não sei. Então, na falta de melhor observação, eu tenho certeza de que me encaixo nessa situação de fixada na fase oral, passei anos sem entender nada, e essa noção quebra meu galho. Porque sempre achei gostoso ingerir, a não ser por via venosa, e venho continuando vida afora, apesar de hoje em dia estar um pouco blasée. Então eu ficava cheirando aqueles livros e tendo arrepios. Ainda cheiro, mas só livros velhos e, como disse, estou um pouco blasée. Deve ser coisa da idade, certamente é a idade, embora, é claro, eu não me considere velha. Mas já vivi quase sete décadas, alguma coisa sucede nesse tempo. Confusão, estou fabricando uma tremenda mixórdia. Será que estou fazendo psicanálise? Pavor, ouvido de aluguel, pavor. Bem, de certa forma, você e esse gravador são ouvidos de aluguel. Sei lá. É, deve ser coisa da idade, eu abomino a expressão "terceira idade", hipocrisia de americano, entre as muitas que já importamos, americano é o rei do eufemismo hipócrita. Não suporto velho, velho mesmo, metido a alegre, velhice é uma desgraça, não traz nada que preste. Cortar isso tudo acima, eu mesma acho que não entendi nada do que acabei de falar. A gente fica a mesma e não fica a mesma. Ih, chega, preciso botar alguma ordem nisto e até os delírios precisam ser pelo menos um pouco organizados sob algum critério, é preciso dar método à loucura, mais ou menos como Polônio falou da piração de Hamlet. Thy son is mad, but there is method in his madnes, não foi isso que ele disse, mais ou menos? Eu gosto de Shakespeare, leio desde menina, mesmo no tempo em que não compreendia patavina. Aliás, será que compreendo hoje? Ninguém compreende nada, seja da vida, seja de Shakespeare, que morreu mais de dez anos mais moço do que eu, sem saber que era Shakespeare, Voltaire desancou Shakespeare, todo mundo desancou Shakespeare, a vida... Ih, chega!
A vinda dele, o nosso encontro, isso era o que eu ia contar, para finalmente começar o depoimento. Sem frescura, basta de frescura. A vinda dele eu posso dizer sem nenhum constrangimento, foi meio violenta, ou bastante violenta, se você quiser. Ele brincava comigo e meu irmão Otávio, a gente gostava dele, minha avó de vez em quando deixava que ele almoçasse com a gente, mas ele era somente um dos negrinhos da fazenda, naquele bando de escravos que meu avô tinha. Não eram escravos oficialmente, mas de fato eram escravos, e a maior parte vivia satisfeita, fazendo filhos e enrolando meu avô. Figura interessante, meu avô peidão, pena que eu não tenha tido a oportunidade, física e psicológica, de conviver mais com ele, não havia como, embora ele gostasse de mim e eu dele. Acho que ele sabia que era enrolado o tempo todo. Acho que não, ele sabia, mas claro que não ligava, ele era uma postura pragmático-egocêntrica ambulante, não pode mais existir gente como ele, naturalmente.
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sexta-feira, 25 de julho de 2008

Fernando Pessoa


Posso ter defeitos,
viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não.
É ter segurança para receber uma crítica,
mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas,
um dia vou construir um castelo..
(Fernando Pessoa)
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VESTIGIOS DE UMA CHUVA DE VERÃO .


CASO PARA DIZER QUE UMA COISA VULGAR SE PODE TRANSFORMAR NUMA OBRA DE ARTE , GOTAS DE CHUVA DE UMA TARDE DE VERÃO DISSIPADAS PELO CAPO DE UM AUTOMÓVEL , COM UM TOQUE DO REFLEXO DAS NUVENS DO CÉU ,TRANSFORMAM ISTO NO QUE BEM PODERIA SER UMA PINTURA FEITA NUMA QUALQUER TELA.
NUNCA NOS DEVEMOS ESQUECER DE QUE A PINTURA DEVE PARECER UMA COISA MUITO NATURAL ,SÓ QUE VISTA NUM GRANDE ESPELHO .
(c.jac)

quinta-feira, 24 de julho de 2008

KENNY ROGERS & SHEENA EASTON .


Kenny Rogers & Sheena Easton - We've Got Tonight
Esta é uma excelente balada de 1983 , um tema que era de passagem (obrigatória)nas emissões da noite da (ROL CREIXOMIL). Uma musica que fala para o coração .
Continuamos a avivar as musicas do passado , nomeadamente da década de 70 e 80 isto como forma de recordar o projecto de radio (ROL)que existiu nesta terra , sendo esta uma forma de recuar no tempo e lembrar os bons momentos passados por todos quantos estiveram nesse projecto , na altura todos jovens entre os 16 e os 25 anos .Mas como não é possível inverter a marcha do tempo continuamos recordando as musicas desse passado que é uma excelente referencia para quem não se arrepende do caminho percorrido ou longo da vida ..

SIMONE DE OLIVEIRA .

Festival RTP 1969 - Simone de Oliveira - Desfolhada

A nostalgia do panorama musical nacional também passa pela musica cantada por SIMONE DE OLIVEIRA que em 1969 vence o Festival RTP da Canção com "Desfolhada Portuguesa", da autoria de José Carlos Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes.
Simone Macedo de Oliveira nasceu em Lisboa, a 11 de Fevereiro de 1938 , cantora, actriz de teatro e de televisão portuguesa.
A estreia da cantora em público ocorreu, em Janeiro de 1958, no I Festival da Canção Portuguesa.
No passado dia 25 de Fevereiro deste ano «2008» Simone comemorou os 50 anos de carreira, num grandioso concerto no coliseu de Lisboa.
Simone é detentora de uma carreira invejável no panorama artístico nacional,recebeu vários Prémios de que destaca os Prémios de Imprensa, Popularidade, Interpretação e ainda o Prémio Pozal Domingues. Foi condecorada com a Grande Ordem do Infante.
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CONTRASTES .

OS CONTRASTES DA NATUREZA .
NESTE CASO UM CONTRASTE ALTERADO POR UM (INIMIGO) , O FOGO .
VÁRIOS ANOS APÓS O INCÊNDIO OS PINHEIROS CONTINUAM MORTOS DE PÉ,
UMA IMAGEM PARA TODOS PENSAREM .

quarta-feira, 23 de julho de 2008

A PORTA.

Nunca perguntes a felicidade quem ela é, nem de onde veio.....Apenas abra a porta para que entre......E feche-a para que não fuja!

terça-feira, 22 de julho de 2008

RECUAR NO TEMPO ,JOY-Touche by touch.1985.


joy - touch by touch
Este um dos grandes hits que chegou da ÁUSTRIA para as pistas de dança em 1985 , também uma das musicas que fazia parte das playlist da ROL .

CRESCENDO OLHANDO PARA O CÉU .


ALPHAVILLE

Alphaville - Forever Young


Alphaville é um grupo musical alemão de synthpop que ganhou popularidade nos anos 1980. A banda é mais famosa pelos seus dois maiores êxitos, "Big in Japan" e "Forever Young".
Inicialmente,o Alphaville foi composto por Marion Gold e Bernhard Lloyd.Chega Frank Mertens,que se associa à Banda,em meados de 1982 e 1983. Os três,então,começam a preparação de um disco,e lançam "Forever Young".A música título do disco,passou então a ser o maior sucesso da banda,garantindo-lhes o espaço no cenário Alemão e Mundial.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



segunda-feira, 21 de julho de 2008

UMA CONQUISTA DA NATUREZA .

''Uma oliveira com uma nova roupagem moldada pelas fantasias da natureza .
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A DIFERENÇA,ENTRE IGUAIS !

G I R A S O L
''ESTA É A MINHA SOLIDÃO ,SOU O ÚNICO DA ESPÉCIE AQUI.MAS A MINHA FORÇA ESTÁ NESTA SOLIDÃO.SOU DIFERENTE ENTRE MUITOS IGUAIS,GIRO EM VOLTA DO SOL , A MINHA COR É FORTE O QUE ME LEVA A NÃO TER MEDO DA CHUVA NEM DAS TEMPESTADES DE VENTO.A SOLIDÃO É O PREÇO QUE TENHO DE PAGAR POR AQUI TER NASCIDO NESTA SEARA VERDE E RODEADO POR OUTRAS ESPÉCIES ''.
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sábado, 19 de julho de 2008

''Esperando pela banda''

'' CORETO EM FÃO-ESPOSENDE''

THE PIXIES .

The Pixies : Where Is My Mind (1988)

Mais uma das referencias do século passado no panorama musical.
''Mas também foi tão bom viver no século passado...''
''Mas continua sendo formidável viver neste século''
''Melhor dizendo a vida é bela ''
''

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O DITO PRESIDENTE !

Acabo de ver a Grande Entrevista de Luís Filipe Vieira à RTP-1 e depois disso chego a uma conclusaõ . Na realidade, qualquer um, repito, MESMO QUALQUER UM, pode ser Presidente daquele clube. Hum , Hum !

SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO .

Entras pela porta dentro de um bar , em mais uma noite banal como tantas outras e pedes uma cerveja bem gelada que bebes num trago na esperança de ajudar a esquecer mais um dia abrasador e totalmente rotineiro até que a vês primeiro de relance depois fazendo um esforço hercúleo para conseguir tirar os olhos de cima dela não sabes bem porquê talvez por ser bonita talvez por te parecer o oposto do teu quotidiano trivial e maçudo e te conseguir transportar para uma outra dimensão com um simples esboçar de um sorriso que te faz esquecer que a vida é um elemento condutor de tristeza e decides ir falar com ela acerca de tudo acerca de nada acerca de disparates e coisas sem significância que têm a maior importância do mundo e descobres que ela é a tal a mulher por quem tens estado à espera a pessoa cuja companhia não dispensas e para quem tens sempre tempo tens sempre rede tens sempre atenção só não tens modo de lhe dizer isso mesmo por medo de perder a visão daquele tal sorriso inspirador por isso ficas calado mas só por fora porque por dentro gritas a plenos pulmões e cada mais pequena célula tua cada parcela do teu ser te compele a dizer o que te assusta e exorcizares os teus medos independentemente das consequências do acto e aí falas abertamente expões-te como nunca o havias feito antes e sentes o estômago aos pulos entras em curto-circuito e sentes o cérebro a derreter porque ali não há espaço para a razão só mesmo para ela e para a resposta que esperas um sim que supera o Euromilhões o Benfica campeão europeu tudo e mais um par de botas ou um não que sabe a angústia desmoralizador que te suga a vida até ao tutano.
E aí acordas e vês que estavas a sonhar.
Levantas-te e deixas tudo começar outra vez.
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quarta-feira, 16 de julho de 2008

UM RITMO PARA UMA NOITE DE VERÃO .

Barry Manilow - Copacabana

Barry Manilow - Copacabana (Movie)1981
ESTE É UM EXCELENTE RITMO PARA UMA NOITE QUENTE DE VERÃO ,PARA OUVIR NUMA ESPLANADA OU MESMO NO INTERIOR DE UM BAR ENQUANTO SE SABOREIA UMA BEBIDA BEM GELADA .

terça-feira, 15 de julho de 2008

PANCADARIA EM CONCERTO DE NELLY FURTADO .

O abandono temporário do palco da sala Olimpiski por parte da cantora luso-canadiana Nelly Furtado, no domingo passado, deveu-se a cenas de pancadaria nos bastidores, informou esta terça-feira, a imprensa russa.
Veja o vídeo

Nelly Runaway In Moscow O_o
CONTINUA-AQUI

''A CONFUSÃO DO VIBRAR !



Quando se confunde o telemóvel com um morcego !
Durante cinco horas, ela sentia que os seios vibravam. Pensava que era o seu telemóvel. Mas afinal não era. Era o vibrar de um morcego. ''ler noticia''.
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UMA VISÃO !

Existem apenas duas maneiras de ver a vida;
Uma é pensar que não existem milagres ;
e a outra é que tudo é um milagre.
''Albert Einstein''



segunda-feira, 14 de julho de 2008

ROUPA NOVA

Roupa Nova - Linda Demais
acústico ao vivo

Roupa Nova é uma banda brasileira formada em 1980 no estado brasileiro do Rio de Janeiro. Ainda hoje encontra-se em plena actividade.
Nasceram em 1978, com o nome inicial de ''Os Famks'',em 1980 alteram o nome para ''Roupa Nova'' mantém ainda hoje a formação inicial.
Formados por Paulinho (percussão e vocal), Serginho (bateria, voz e vocal), Nando (baixo, voz e vocal), Kiko (guitarra, violões e vocal), Cleberson Horsth (teclados e vocal) e Ricardo Feghali (teclados e vocal), o Roupa Nova existe desde 1980.
Na sua carreira, constam sucessos como "Bem Simples", "Whisky a Go-Go", "Linda Demais", "Seguindo no Trem Azul", "Coração Pirata", "A Força do Amor", "A Viagem", "Amar é...", "Clarear", "Começo, Meio e Fim", "Volta Pra Mim", "Vício", "Meu Universo é Você", "Dona", "Videogame", "Cristina" e várias outras canções. São os recordistas em bandas sonoras de novelas (32 temas no total).
Muitas das musicas deste grupo eram temas muito solicitados pelos ouvintes da RadioOnda Livre, nomeadamente ,''linda demais'' ,e ''dona''.
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«um forte abraço de Portugal para todo mundo Brasileiro»

site oficial-http://www.roupanova.com.br/
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domingo, 13 de julho de 2008

BRYAN ADAMS

Bryan Adams "Heaven"

TEMA DO ALBUM RECKLESS DE 1984.
Bryan Adams nasceu em Kingston , Ontário em 5 de Novembro de 1959 é um dos Canadianos de maior sucesso no mundo da musica .
Filho de pais Ingleses os quais aos dez anos ofereceram-lhe um violão ,a sua primeira guitarra foi comprada aos doze anos , aos catorze anos mudou-se para Vancouver e aí começou a participar em audições como guitarrista.
Bryan Adams passou uma parte da sua infância e adolescência aqui em Portugal, dada a profissão de seu pai, que era embaixador Vivendo em Birre, perto de Cascais, a cerca de 25 km de Lisboa; isto fez com que aprendesse a Língua Portuguesa.
Quando tinha quinze anos abandona a escola e junta-se a uma banda como vocalista fazendo varias digressões pelo Canada .
No ano de 1977conheceu Jim Vallance e juntos começaram a escrever canções , não demorando muito tempo que as suas musicas começassem a ser tocadas por outros artistas.
aos dezoito anos assinou o seu primeiro contrato com uma editora musical a ''A&M''Canada .
A carreira de Bryan Adams divide-se em duas grandes fases: anos 80 e anos 90. Nos anos 80 sua música era um rock-pop seguindo as tendências da época - essas músicas foram trilhas sonoras de vários filmes e seriados na época, incluindo Miami Vice e Footloose.

Nos anos 90 BrYan refresca o seu género musical volta-se para um som romântico - essa é a fase mais conhecida do público em geral. É dessa época o seu maior sucesso o álbum Waking up the neighbours em 1991, produzido por Mutt Lange, continha a balada “(Everything I do) I do it for you” (da autoria de Michael Kamen); esta canção de amor fez parte da banda sonora de "Robin Hood, Prince of the Thieves" e foi um enorme êxito em todo o mundo. Depois desse álbum surgiu o "So far so good", uma espécie de colectânea contendo os hits de sucesso até então. Onze ''11'' é o ultimo trabalho editado este ano de 2008 .
Bryan adams continua uma referencia para muitos dos amantes da boa musica , continuando dando concertos e gravando discos.
-RECKLESS- Álbum de 1984 é um dos trabalhos discográficos do cantor que ainda hoje «24 anos»depois me sabe sempre bem ouvir,este que foi o quarto trabalho discográfico editado .Como curiosidade refira-se que comprei este CD no inicio dos anos noventa usado por (500 escudos).
Discografia
1980 - Bryan Adams
1981 - You Want It You Got It
1983 - Cuts Like A Knife
1984 - Reckless
1987 - Into The Fire
1989 - Live!Live!
1991 - Waking Up the Neighbours
1993 - So Far So Good
1996 - 18 Til I Die
1997 - Unplugged
1998 - On A Day Like Today
1999 - The Best of Me
2002 - Spirit: Stallion of The Cimarron (trilha sonora)
2004 - Room Service
2005 - Anthology
2008 - 11

BASEADO.IN.WIKIPÉDIA

sábado, 12 de julho de 2008

7 Wonders of Nature

Depois das Novas Sete Maravilhas do Mundo, chegaram as Sete Maravilhas da Natureza. Num universo tão cheio de obras da natureza «maravilhas naturais» é muito difícil ,ou quase impossível escolher apenas sete, mas no entanto é esse o objectivo a que a organização se propõe e já está online o site com as votações iniciais. Portugal também vai entrar na votação, por isso vale a pena tentar.

Imagem: um dos nomeados de Portugal, o Parque Nacional Peneda-Gerês
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PAULO DE CARVALHO EM 1971.

Festival RTP 1971 - Paulo de Carvalho - Flor Sem Tempo

Lagrimas de um amanhecer .

As lágrimas de um amanhecer após uma noite fresca de orvalho.´
Quando estas gotas únicas souberem que são água,
e descobrirem que juntas podem formar um ''rio'',
aí teremos uma imensidão.
BY.JAC
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RIR ,O MELHOR REMEDIO .


Numa entrevista para um cargo de assessor de um político o entrevistador diz para o entrevistado :-
-'' O seu currículo é fenomenal pois esta cheio de mentiras, aldrabices e meias-verdades, pode começar a trabalhar já na segunda feira , pois o senhor é dos nossos''.
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sexta-feira, 11 de julho de 2008

UMA FONTE DE VIDA .

'' Só iremos perceber o verdadeiro valor da água depois da fonte ter secado .''
Esta é uma das fontes que ainda dá de beber a quem por ela passa .
(fonte das raízes Palmeira de faro)

JOE DOLAN,''NA NOSTALGIA DA MUSICA''.

Joe Dolan - Make Me An Island




Recuar no tempo , e recordar este original de 1969 .

quinta-feira, 10 de julho de 2008

4600€- O LITRO DE TINTA PARA IMPRESSORA

O que custa 4600€ o litro?!
Recebi isto por email... já devem ter visto, mas seja como for deixo aqui o essencial...

"O que é que custa quase 4600-€? o litro e não é para beber?

Resposta: TINTA PARA IMPRESSORA! JÁ TINHA FEITO O CÁLCULO?
Veja o que o que fazem connosco!

Um Cartucho HP22, com míseros 10ml de tinta custa 19€. Isso dá 1.9€
por mililitro. Só para comparação, Champagne Veuve Clicquot City
Travelle custa por mililitro 0.43€ .

A Lexmark vende um cartucho para a linha de impressoras X, cartucho
26, com 5,5 ml de tinta colorida por 25€
Fazendo as contas: 1.000ml / 5.5ml = 181 cartuchos * 25€ = 4525€
4525€ por um litro de tinta colorida!

Com este valor podemos comprar aproximadamente:
- 300gr de OURO;
- 3 TVs de Plasma de 42;
- 45 impressoras que utilizam este cartucho;
- 4 notebooks.

Agora que penso nisso... ganda roubalheira!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Recordando ''Samanta Fox.''

Sinceramente existem coisas que só mesmo na adolescência conseguimos achar piada... esta menina «Samanta fox » é um caso típico disso. Ao mesmo tempo que esta menina mostrava todo o poder das suas « curvas » pelos palcos, uma outra moça chamada Madonna também mostrava os seus talentos... ora mas aqui está uma palavra certa... talento.
Enquanto Madona ainda cá anda vendendo discos e dando concertos e com uma qualidade acima do normal, a outra certamente só terá lugar numa passagem de ano (produzida pelos gatos fedorentos)... ,bom mas a verdade tem de ser dita , muitas vezes colocai esta musica na Radio Onda Livre desta terra Creixomil na década de 80 ,tendo este tema liderado os topes de vendas durante varias semanas .mas como a juventude não volta para traz ,aqui fica em jeito de recordação este tema.

Samantha Fox - Touch Me

As musicas da ''DEOLINDA'' .

Ouvi á umas semanas atrás uma banda chamada Deolinda, numa das emissões da manha da Antena 3...
Para além de achar que a vocalista tem uma voz extraordinária, as letras são um mimo...
Deixo aqui o showcase que eles deram no estúdio da Antena 3...
Deolinda ao vivo nas Manhãs da 3


A FORÇA DA AMIZADE .

A força da nossa amizade vence todas as diferenças...
Aliás... para que diferenças se somos amigos?
Quando erramos... nos perdoamos e esquecemos
Se temos defeitos... não nos importamos...
Trocamos segredos... e respeitamos as divergências...
Nas horas incertas, sempre chegamos no momento certo...
Nos amparamos...nos defendemos...sem pedir...fazemos porque nos sentimos felizes em fazer...
Nos reverenciamos... adoramos... idolatramos... apreciamos... admiramos.
Nos mostramos amigos de verdade,quando dizemos o que temos a dizer...
Nos aceitamos , sem querer mudanças...
Estamos sempre presente,não só nos momentos de alegria,compartilhando prazeres,mas principalmente nos momentos mais difíceis...
''Auto desconhecido''
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domingo, 6 de julho de 2008

MARIZA-ROSA BRANCA


MARIZA-ROSA BRANCA
Soberba interpretação de Mariza de uma musica imortalizada por Florência em 1971 com nome de Rosa ao Peito .

Uma questão de imaturidade .


Uma questão de imaturidade .

Ele - Sabes quem é que morreu? O J.
Ela - Sim, já sabia. O funeral, quando é?
Ele - 5ª feira. Detesto funerais...
Ela - Acho que ninguém gosta.
Ele - Menos o morto. Esse não tem direito a opinar.
Ela - Todo aquele ambiente carregado de tristeza...
Ele - Sim... e depois é sempre uma pincelada escolher o que levar vestido.
Ela - Perdão?
Ele - Nunca sei o que hei de vestir para um funeral. Bem sei que o fato é o mais tradicional, mas nem sempre calha bem. Já com calças de ganga e t-shirt ou em mangas de camisa tenho medo de ficar mal visto pelos restantes convivas.
Ela - Oh meu deus... E porque é que o fato pode não calhar bem?
Ele - Para já porque estamos no verão e aquilo não só é quente como sufoca. E num funeral basta haver um gajo sem respirar, não são precisos dois. Depois imagina que calho a ser um dos marmelos que vai carregar o caixão? O que é que faço ao casaco? Não dá jeito nenhum tê-lo vestido nem tão pouco amarrá-lo à volta da cintura.
Ela - É essa a tua preocupação com os funerais?
Ele - É uma delas.
Ela - Jesus...
Ele - Espero não ter um funeral assim. Aliás, se dependesse de mim nem sequer era enterrado.
Ela - Preferias ser cremado?
Ele - Nops.
Ela - Então?
Ele - Gostava de ser empalhado e posto na sala lá em casa. Até me podiam pôr de braços abertos, para fazer de cabide.
Ela - Tu também fazes pouco de tudo.
Ele - Até estava a falar a sério, por acaso. Mas se a morte já por si só é algo de grande carga negativa é igualmente uma experiência pela qual todos acabamos por passar. Porquê sobrecarregar toda uma aura já de si sombria?
Ela - Mas encará-la com leviandade?
Ele - Diz antes com humor. Acho que é essa a melhor forma de recordar alguém. Deixar toda aquela culpa pseudo-cristã para trás. Mais um bocadinho de negativismo aqui e ali e ainda ficávamos a parecer irlandeses.
Ela - É uma forma de ver as coisas.
Ele - Sou benfiquista, pá. Se não me risse das desgraças, os meus dentes nunca veriam a luz do dia .

''MAQUINA DO PASSADO .''

-Uma das maquinas do passado , que com esta escalada nos preços dos combustíveis , será que não vai voltar a fazer parte do nosso meio de transporte ?
Alem de mais hoje em dia esta na moda pedalar para melhorar a performance física .

sexta-feira, 4 de julho de 2008

''RECORDAR CARLOS PAREDES''



Carlos paredes
Há pessoas que dedicam a maior parte da sua vida de tal maneira a uma tarefa que parece que se esquecem que pode haver mais mundo para além do seu. Carlos Paredes, ao que ouço dizer e pelo que tenho lido , foi uma pessoa assim. Nem sei bem porquê, mas a sua música parece esquecida dos portugueses.
Em apenas 3 minutos, o meu caro leitor, pode regressar ao excelente som do eterno guitarrista.
Basta clicar e ouvir com atenção o gemer de uma guitarra portuguesa.

Carlos Paredes-Verdes Anos

A FRASE

a frase
"Há quem diga que a entrevista [de José Sócrates] à RTP foi um estertor. Não me parece, mas nota-se que muito do que estava cimentado é hoje colado com cuspo. E continua a não haver autocrítica. Nem uma gota".
Nuno Rogeiro, "Jornal de Notícias", 04-07-2008

quinta-feira, 3 de julho de 2008

''O BEIJO''

O beijo é
:Duas bocas que se tocam,
Dois labios que se acariciam,
Duas almas que falam a "lingua" da paixão.
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SE NÃO ESTIVESSES

Se não estivesses ,
se a concha dos teus dedos não fizesse vibrar em mim ,
gota a gota,a tua voz,
se não esticasse os braços sobre um qualquer espaço
que nunca será nosso,
se o teu sorriso agora distendido não se mostrasse todo nos gestos do amor,
se a tua mão não procurasse a minha,
ou os meus dedos não pudessem ,
ainda que ao leve ,tocar a ponta frágil dos teus cabelos escuros
se eu não encontrasse em ti o meu olhar,às vezes ,
quando finjo que não vejo o teu olhar em mim
se os dias não fossem confortados com a ideia de que existes
sensivelmente e que , por isso ,
de alguma forma eu sou em ti a minha forma de existir
sensivelmente existes,
e que por isso , de alguma forma,eu sou em ti a minha forma de existir
estas palavras,as frases que as expõem, o poema em que tudo se articula,
no intimo sentido que só exista dentro do poema tudo o que é ainda,
o que possa caber em noz secretamente seria uma triste passagem
pelo que resta e nem os meus olhos,
e nem as minhas lágrimas diriam o que dizem
porque a mão que escreveu,
o seu último argumento,
esta na concha dos teus dedos e no gemido que atraiçoa a tua voz
{ poema de Antonio Mega Ferreira}

PARA PENSAR


Elogio da preguiça .
Um idiota preguiçoso continua sempre a ser um idiota.
E um preguiçoso inteligente é alguém que reflectiu acerca do mundo em que vive. Não se trata, pois, de preguiça, é tempo de relxexão.
E quanto mais preguiçoso fores, mais tempo tens para reflectir.
E é por isso que, no Oriente, isso se designa por Filosofia Oriental...
A maior parte das pessoas tem tempo.
Quanto mais se desce para Sul, mais encontramos profetas, magos, pessoas que reflectem sobre o mundo.
Albert Cossery

O ESTENDAL

''Uma seca em troca de um sabor ''
(CAXINAS V- CONDE)