terça-feira, 18 de novembro de 2008

A FALTA DE CREDIBILIDADE POLITICA .

Num momento de grande turbulência no sector da educação ,com manifestações de professores,e alunos ,assistimos recentemente a um(bombardeamento ) com ovos da ministra e dias depois foi o secretario de estado desta feita com tomates .Pelo meio disto o primeiro ministro passa por Ponte de Lima para mais uma acção de promoção dos computadores da JP Sá Couto« os Magalhães » levando com ele os jornalistas para transmitirem mais operação de marketing ,na qual incluiu autógrafos para alunos após a distribuição (simulada) dos Magalhães.Pessoalmente assisti pela TV a esta noticia ,ficando pensando que de facto somos um pais que vivemos de impulsos «hoje atiramos pedras ,amanha damos abraços e beijinhos »era essa a imagem que me ficava perante o que estava a assistir .Mas para grande espanto deparo esta segunda feira com uma noticia no ''SOL '' , que a ser verdade o facto fortalece a minha conclusão ,a falta de credibilidade dos políticos.

'''SOL-Sócrates entregou Magalhães só para a fotografia
José Sócrates esteve na Escola do Freixo, em Ponte de Lima, a entregar computadores aos alunos do 1.º ciclo. Mas, depois de o primeiro-ministro ir embora, as crianças tiveram de devolver os Magalhães
A Escola do Freixo, em Ponte de Lima, foi o palco escolhido por José Sócrates, na passada quarta-feira, para mais uma acção de promoção dos computadores da JP Sá Couto para o 1.º ciclo. Sócrates chamou os jornalistas e distribuiu os Magalhães pelas crianças. Mas, terminada a cerimónia oficial, os portáteis tiveram de ser devolvidos.
Contactado pelo SOL, o conselho executivo da Escola do Freixo explicou que as crianças não puderam ficar com os computadores, «porque há questões administrativas a tratar».
A mesma fonte – que não se quis identificar – assegura que os Magalhães «estão na escola», mas explica que isso não significa que os alunos do Freixo vão receber os portáteis mais depressa do que as crianças de outros estabelecimentos de ensino.
«Não sabemos quando é que os computadores vão ser distribuídos», admitiu, acrescentando que a entrega «depende da logística administrativa».
Antes da entrega real dos equipamentos, a escola vai ter de «preencher toda a papelada e os pais que não estiverem abrangidos pelo 1.º escalão da acção social escolar vão ter de fazer o pagamento do computador». Um processo que a escola admite desconhecer quanto tempo poderá demorar.
Fica também por esclarecer se os Magalhães que Sócrates já deixou na escola serão suficientes para todas as crianças. A Escola do Freixo tem 185 alunos inscritos no 1.º ciclo, mas o conselho executivo diz não saber quantos portáteis foram entregues na cerimónia que contou com a presença do primeiro-ministro. «Não sei quantos computadores cá ficaram», disse ao SOL um elemento do conselho executivo.
Ao que o SOL apurou, foi explicado a alguns alunos que os computadores tinham de ser devolvidos no final da visita de Sócrates por terem problemas nas baterias. No entanto, o conselho executivo da Escola do Freixo garante que «as crianças sabiam» que não iam ficar com os Magalhães naquele dia, porque lhes «foi explicado que era preciso realizar alguns procedimentos administrativos».

jornal-sol