POEMA DO MAR .
À noite tens um quê esquisito.Acesso ao teu todo é interdito,Mar, gigante de ares faceiros.Eu te amo meu belo selvagem.Sincera é, por ti, a paixão,Como por Cristo é a devoção,Nos olhos d’alma tenho tua imagem.No teu seio barcos são arvoredos,Abrigas personagens rudesE vidas que ganham altitudes.És um poço de segredos.Tua água é envolvente,Exala marinhos perfumesE a posição tu assumesAmante de Iemanjá ardente.Maria Hilda de J. Aldão. .